Tarifaço de Trump - Brazil's Jump to BRICS
Featured contributor Prof. Josef Mahoney discusses the US-Brazil #tariff spat. 50% tariff push Lula and Brasil to reconsider US partnership, Brasil to lose 0.3 % of GDP
Featured contributor Prof. Josef Mahoney joined CGTN World Today to discuss the US-Brazil #tariff spat.
Trump’s letter explicitly links the tariffs to his anger over judicial actions against former-Brazilian president Bolsonaro, many are asking whether there is a matter of economic policy or political retaliation?
We should take Trump at his word when says he’s unhappy with the case against Bolsonaro, his right wing, ‘climate change-denialist’ brother-in-arms. However, there’s more at stake. During the Biden presidency, Brazil worked hard to balance relations between the US and #china, and Lula even resisted opportunities to sign up for #bri given White House pressures, and took a firmer position contra Caracas than many leftists wanted. But Lula seems to have reached a tipping point with Trump, demonstrated during the recent BRICS meetings in Rio.
Trump’s policies towards #brazil might also relate to his strategy in the Americas. Many countries have been hit, the recent copper tariffs targeting Chile, Mexico and Canada are the most recent examples, with Mexico and Canada already facing considerable pressure in other sectors. Some suspect Trump is trying to advance a new Monroe Doctrine, asserting an absolute hegemony over the Americas. That said, Brazil is perhaps best prepared to resist such a strategy.
Trump’s threatened to launch a '301 investigation' against Brazil over 'attacks on free elections' mirrors his past use of this mechanism against China. But Brazil is a US strategic partner in Latin America. How might escalating trade tensions undermine broader US interests in the region, especially when Lula has vowed a sovereign response?
First, Brazil recently passed a law applying automatic reciprocity in cases like these, and this is the starting point of Brazil’s sovereign response.
Second, if the US is pursuing a new Monroe Doctrine approach in Latin America and then we'll find more Brazilians rethinking their strategic partnership with Washington.
However, Brazil is deeply divided between the left and the right, and this is nothing new. Let's recall the right wing military dictatorships and violent suppression of leftists in Brazil during the Cold War, done with US support, killing hundreds if not more, and persecuting many, with Lula’s brother jailed and tortured in the 1970s, and Lula himself was jailed in the 1980s. Today, some see Bolsonaro as dangerously evoking that right wing past, and the charges he presently faces assert he tried to stage a coup and hold on to power after losing reelection in 2022.
Importantly, Trump’s attacks already seem to have backfired: prominent voices and newspapers from the Brazilian right, including O Globo, Estadão and Folha de S.Paulo, have all published right wing editorials condemning the tariffs (see below). The association of agricultural producers, traditionally very right wing, has also expressed opposition. In short, that Trump may have presented Brazil with a rare opportunity for unity, quite contrary to his intentions.
Brasileiras lançam habitação para idosos inspirada nos países nórdicos
Sócias criam a Söderhem, empresa que vai desenvolver projetos junto com incorporadoras
Duas empresárias brasileiras com vivência na Suécia decidiram voltar para o Brasil e abrir um negócio próprio de consultoria e administração de moradias para idosos. A inspiração veio justamente dos países nórdicos, que já estão mais avançados na adaptação dos empreendimentos para atender as necessidades da terceira idade.
A nova empresa foi fundada pela gestora Daline Moura Hällbom, que atua há 17 anos no mercado imobiliário (ex Abyara, Tecnisa e The Coral), e pela arquiteta Beatriz Pons Korsar, com 13 anos de experiência em projetos suecos de asilos e apartamentos para idosos. Juntas, elas lançaram uma empresa batizada de Söderhem, voltada ao desenvolvimento de projetos junto com as incorporadoras e posterior gestão dos imóveis.
O negócio foi aberto em Florianópolis - sonho de consumo da terceira idade pós-aposentadoria - e está prestes a fechar os primeiros dois prédios na cidade, com lançamentos previstos para o ano que vem na região da Lagoa da Conceição e no Centro. O negócio terá parceria da catarinense Embracon, administradora de condomínios.
Segmento ainda é pouco explorado no País
“Estamos tentando trazer para o Brasil um modelo que já é sucesso na Suécia, que é a moradia para idosos com dignidade e autonomia”, conta Beatriz. “Um problema que vamos enfrentar no futuro é o déficit habitacional para as pessoas acima de 60 anos”, complementa Daline, apontando o envelhecimento da população brasileira.
O mercado imobiliário daqui ainda não tem um conceito amplamente estabelecido de habitação para idosos, ao contrário do que acontece na Suécia, por exemplo, onde mais de 20% da população já tem mais de 65 anos. Por lá, é mais comum haver opções de moradias pensadas nas necessidades específicas das pessoas mais velhas.
De acordo com pesquisa de mercado feita pela Söderhem, cerca de 215 cidades suecas (74% do total) têm o chamado senior living, que são apartamentos com adaptações que facilitam o dia a dia, como portas mais amplas, barras de apoio, piso antiderrapante, sensores de queda e móveis planejados, entre outros itens. Já em 176 municípios (60%) há moradias em cujo condomínio existe alguma assistência médica. E em 278 localidades (96%) existem casas de longa permanência, com maior atenção médica (o equivalente aos asilos daqui).
Modelo terá adaptações locais
O foco da Söderhem será o senior living nos moldes suecos, mas turbinando o condomínio com espaços de vivência e bem-estar com jeitinho brasileiro, que vão de horta a ioga, além de eventos que ajudem a promover a socialização dos moradores. “Buscamos criar o senso de comunidade. O prédio é para pessoas que estão no mesmo barco, se aposentaram, os filhos cresceram e às vezes bate a solidão”, diz Daline.
A concepção dos projetos prevê apartamentos de 50 a 80 metros quadrados, com um a dois quartos (os estúdios foram descartados por serem muito pequenos). O modelo de negócios pode ser baseado na venda ou na locação de cada unidade, atraindo desde compradores que vão morar no local ou investir. A administração ficará com a Söderhem para que se possa implementar e manter as atividades comunitárias.
O grande desafio é superar a barreira do preço, já que as unidades devem girar em torno de R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão, o que restringe o público-alvo a famílias com renda na faixa dos R$ 40 mil. “Primeiro vamos nos consolidar no mercado. Posteriormente, pretendemos colaborar com o governo para levar esse modelo para o público de média e baixa renda, com projetos que tenham escala”, Daline.
O mercado no Brasil ainda é incipiente, mas alguns empresários também já têm dado seus primeiros passos na área. O dono da Vitacon e da Housi, Alexandre Frankel, anunciou recentemente uma linha própria de moradias para idosos em São Paulo. O acionista e filho do fundador da Tecnisa, Joseph Nigri, também colocou na rua um projeto próprio nessa linha.
Julgamento no STF que endureceu regras contra big techs impulsionou decisão de Trump de retaliar Brasil
Decisão do Supremo foi vista por aliados do americano como mais um gesto contrário à liberdade de expressão
By Folha de S.Paulo
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% ao Brasil foi tomada há poucos dias, surpreendendo até mesmo assessores da área, e impulsionada pelo recente julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) do Marco Civil da Internet.
Segundo três pessoas com acesso às discussões de eventuais sanções americanas ao ministro Alexandre de Moraes, a atuação do Supremo no caso foi vista como uma espécie de afronta ao aumentar a responsabilização das redes sociais.
Tarifaço
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O Marco Civil, em vigor desde 2014, estabelecia que redes sociais só poderiam ser responsabilizadas por conteúdos postados por usuários se descumprissem ordem judicial de remoção. Com o julgamento, daqui para frente, as empresas terão mais obrigações, como remover uma série de conteúdos proativamente.
Na segunda-feira (7), um integrante do governo Trump disse à Folha que o STF tem tomado uma série de decisões ruins para silenciar a liberdade de expressão e desestabilizar a democracia a fim de sustentar "um governo impopular".
As redes sociais foram no Brasil um dos principais instrumentos para impulsionar o discurso contra a lisura das urnas eletrônicas.
Na avaliação de aliados de Trump, a decisão do STF amplia o que eles veem como censura à liberdade de expressão enquanto os EUA buscariam um gesto justamente na direção contrária. Após o julgamento, Moraes afirmou que as big techs foram instrumentalizadas e as associou à invasão dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Isso se somou, segundo pessoas envolvidas na discussão, à contrariedade por decisões emitidas contra empresas americanas, como o Rumble, e à avaliação de Trump de que Bolsonaro sofre perseguição, em processo semelhante ao vivido por ele nos EUA —com a diferença que o ex-presidente não pode se candidatar no Brasil por estar inelegível ao menos até 2030.
Até a semana passada, segundo três pessoas ligadas ao tema, a discussão sobre uma resposta ao que assessores de Trump e bolsonaristas dizem ver como elementos de risco à democracia do Brasil passava apenas por uma punição financeira e de proibição de visto a Moraes.
Isso mudou com algumas reuniões para tratar de Brasil que ocorreram nos últimos dias.
Trump teria participado de ao menos uma delas e optado por usar as tarifas para pressionar o Brasil no caso. Isso, segundo duas pessoas, foi até mesmo antes da cúpula dos Brics no Rio de Janeiro, que serviu como mais um elemento para desgastar a relação do Brasil com os EUA.
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-apresentador Paulo Figueiredo, que têm liderado a ofensiva anti-Moraes nos EUA, insistiam por sanções ao ministro, mas não descartavam a hipótese de tarifas.
Esta, segundo um envolvido no debate, seria a última opção no plano traçado para pressionar Moraes e que acabou sendo escolhida pelo presidente americano. As sanções a Moraes ainda estão sobre a mesa, mas sem definição de quando seriam implementadas.
A pesquisa Quaest sobre o impacto do tarifaço de Trump no eleitor brasileiro
By O Globo
A nova pesquisa Genial/Quaest vai medir o impacto (ao menos o inicial) do tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump na quarta-feira. Felipe Nunes, dono da Quaest, conseguiu incluir na última hora perguntas sobre o assunto mais quente da semana.
Os entrevistadores da Quaest começaram ir às ruas ontem. Até domingo vão ouvir 2.004 pessoas em todo o país para, sobretudo, medir a popularidade de Lula. A disputa de narrativas entre governo e oposição no caso das tarifas é um dos tópicos que podem mexer no humor do brasileiro e, consequentemente, no ponteiro da aprovação do governo.
O resultado da pesquisa será divulgado na quarta-feira,16. Essa será também a primeira depois da ofensiva do governo contra o Congresso.
A pesquisa mais recente da Quaest, divulgada em 4 de junho, representou uma espécie de consolidação de um desastre para Lula. O presidente basicamente repetiu o resultado obtido na Quaest anterior, de abril, quando alcançara os piores índices já registrados desde 2003, ano em que assumiu a presidência pela primeira vez. Sua reprovação foi de 57% e sua aprovação 40%. A expectativa agora é por uma ligeira melhora. A campanha digital do PT e do governo na esteira da crise do IOF, com vídeos de ataques aos super-ricos, bets e bancos, fez barulho nas redes.
Ninguém, nem no Palácio do Planalto, esperavam uma melhora expressiva na aprovação de Lula até o advento do tarifaço. O que se tinha como mais provável é que Lula recuperaria ao menos parte do apoio que perdeu desde janeiro entre seus eleitores tradicionais, como aqueles situados na faixa abaixo dos dois salários-mínimos de renda mensal, por exemplo. Com a nova estrepolia de Trump, criou-se uma nova interrogação.
A pesquisa vai medir também a percepção dos brasileiros em relação à economia — desde o que pensam do preço dos alimentos até se estão otimistas com a economia.